sexta-feira, 23 de março de 2012

Doutrina da Salvação - 17.


Continuação do post anterior
Regeneração e Semelhança com Cristo.
A disposição moral dominante de quem não é regenerado é: - carnal, isto é, recebe seu impulso dominante da própria natureza humana, no seu estado de depravação ou corrupção. É também mortal, quer dizer, tem em si o germe da morte e conduz para lá. É ainda inimiga de Deus e insubmissa à lei divina (Veja Romanos 8.5-7:“Porque os que se inclinam para a carne cogitam das coisas da carne; mas os que se inclinam para o Espírito, das coisas do Espírito. Porque o pendor da carne dá para a morte, mas o do Espírito, para a vida e paz. Por isso, o pendor da carne é inimizade contra Deus, pois não está sujeito à lei de Deus, nem mesmo pode estar” - RA).
As inclinações naturais do “não regenerado” são, em sua natureza moral, concupiscentes, infames e depravadas (Veja em Romanos 1.24,26,28: “Por isso, Deus entregou tais homens à imundícia, pelas concupiscências de seu próprio coração, para desonrarem o seu corpo entre si; Por causa disso, os entregou Deus a paixões infames; porque até as mulheres mudaram o modo natural de suas relações íntimas por outro, contrário à natureza; e, por haverem desprezado o conhecimento de Deus, o próprio Deus os entregou a uma disposição mental reprovável, para praticarem coisas inconvenientes” ).
O homem natural, por natureza, está morto em delitos e pecados, e como tal é levado como um cadáver por uma tríade infernal: o mundo, o diabo e a carne (veja Efésios 2.1-3: “Ele vos deu vida, estando vós mortos nos vossos delitos e pecados, nos quais andastes outrora, segundo o curso deste mundo, segundo o príncipe da potestade do ar, do espírito que agora atua nos filhos da desobediência; entre os quais também todos nós andamos outrora, segundo as inclinações da nossa carne, fazendo a vontade da carne e dos pensamentos; e éramos, por natureza, filhos da ira, como também os demais” - RA).
Na regeneração, essa situação do homem natural é revertida. Opera-se nele uma mudança no coração, onde sua disposição moral dominante passa a ser espiritual, vivificada, favorável a Deus. O Espírito Santo é colocado no coração, a vida eterna é dada gratuitamente, a alma se volta para Deus em amor e submissão. Nasce nele uma nova vida. A paixão dominante da alma converte-se em amor para a justiça e ódio para o pecado (Veja em 1 João 3.6-9: “Todo aquele que permanece nEle não vive pecando; todo aquele que vive pecando não O viu, nem O conheceu. Filhinhos, não vos deixeis enganar por ninguém; aquele que pratica a justiça é justo, assim como Ele é justo. Aquele que pratica o pecado procede do diabo, porque o diabo vive pecando desde o princípio. Para isto se manifestou o Filho de Deus: para destruir as obras do diabo. Todo aquele que é nascido de Deus não vive na prática de pecado; pois o que permanece nele é a divina semente; ora, esse não pode viver pecando, porque é nascido de Deus” - RA).
Produz-se no crente a imagem moral e espiritual de Cristo (Veja Romanos 8.29: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos” - RA; Veja também 1 João 3.2: “ Amados, agora, somos filhos de Deus, e ainda não se manifestou o que haveremos de ser. Sabemos que, quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-lO como Ele é” - RA).
O velho homem morre crucificado com Cristo (Veja Romanos 6.6: “ sabendo isto: que foi crucificado com ele o nosso velho homem, para que o corpo do pecado seja destruído, e não sirvamos o pecado como escravos” - RA), e ressurge um novo homem, que se renova para a eternidade (Veja em Colossences 3.9,10: “ Não mintais uns aos outros, uma vez que vos despistes do velho homem com os seus feitos e vos revestistes do novo homem que se refaz para o pleno conhecimento, segundo a imagem daquele que o criou” - RA).
Em princípio, o regenerado se torna semelhante a Cristo. Ele não pode mais descansar numa vida de pecado. Na regeneração, Deus muda a disposição dominante na alma do pecador. Isto não significa que todas as inclinações carnais são eliminadas de vez; significa sim, que essa mudança revolucionária tomou lugar dominante na alma, de tal modo que não poderá mais descansar enquanto não se ver livre completamente do pecado.
É daí que nasce o impulso da santificação como um processo de conformação contínua com a imagem de Cristo.
Continua no próximo post
Viva Jesus!
Deus lhe abençoe!

sexta-feira, 9 de março de 2012

Doutrina da Salvação - 16

Continuação do post anterior.
Regeneração e União com Cristo.
O lugar onde se opera a regeneração é em Cristo. É em Cristo que tudo se faz novo (Veja em 2 Coríntios 5.17: “ E, assim, se alguém está em Cristo, é nova criatura; as coisas antigas já passaram; eis que se fizeram novas.” - RA).
Nele o “velho homem” morre e o “novo homem” é criado (Veja em Efésios 2.10: “ Pois somos feitura dEle, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas.” - RA).
Esta união é obra do Espírito Santo naquele que crê. A condição essencial para o homem é crer em Jesus Cristo; com isso ele é unido com Cristo pelo Espírito Santo (Veja em Efésios 1.13: “ em quem também vós estais, depois que ouvistes a palavra da verdade, o evangelho da vossa salvação; e, tendo nEle também crido, fostes selados com o Espírito Santo da promessa;” - RC).
O batismo é sinal exterior dessa maravilhosa união do crente com Cristo na Sua morte e na Sua vida ressurreta (confira em Romanos 6.3-5: “ Ou, porventura, ignorais que todos nós que fomos batizados em Cristo Jesus fomos batizados na sua morte? Fomos, pois, sepultados com ele na morte pelo batismo; para que, como Cristo foi ressuscitado dentre os mortos pela glória do Pai, assim também andemos nós em novidade de vida. Porque, se fomos unidos com ele na semelhança da sua morte, certamente, o seremos também na semelhança da sua ressurreição,” - RA).
Esta é uma realidade espiritual, apropriada e vivida pela fé.
Viva Jesus!
Deus lhe abençoe!
Em Cristo Jesus!