sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Doutrina da Salvação - 31.

Continuação do post anterior.
A Eleição divina.
Outro elemento fundamental na salvação é a eleição divina. O homem é incapaz de operar a sua própria salvação, embora ele tenha de participar pessoalmente, movido por Deus, reagindo favoravelmente à ação redentora de Deus. Portanto, antes que o pecador possa responder ao chamado para a salvação, Deus já tomou a iniciativa de salvá-lo, ou seja, já o elegeu.
Os indivíduos foram eleitos para crer. Os motivos da eleição são ocultos. Os que não foram eleitos foram deixados no estado de perdição em que se encontram. Essa é uma doutrina polêmica com diferenças de entendimento entre denominações. De um lado, a Bíblia ensina a soberania de Deus na salvação, e de outro, a liberdade e responsabilidade do homem diante da oferta de salvação. Na interpretação da doutrina da eleição, a tendência, geralmente, é pender mais para um lado (soberania divina – calvinismo) ou para o outro (liberdade humana – arminianismo), como se fossem dois aspectos que se excluem mutuamente.
A doutrina da eleição se fundamenta em textos como estes: João 6.37,44: “Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim; e o que vem a mim, de modo nenhum o lançarei fora”. “Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia.” - RA; João 15.16: “Não fostes vós que me escolhestes a mim; pelo contrário, Eu vos escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso fruto permaneça; a fim de que tudo quanto pedirdes ao Pai em meu nome, Ele vo-lo conceda.” - RA;
Atos 13.48: “Os gentios, ouvindo isto, regozijavam-se e glorificavam a palavra do Senhor, e creram todos os que haviam sido destinados para a vida eterna.” - RA; Atos 22.14: “Então, ele disse: O Deus de nossos pais, de antemão, te escolheu para conheceres a sua vontade, veres o Justo e ouvires uma voz da sua própria boca,” - RA;
Romanos 8.28-30: “Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou.” - RA;
Efésios 1.4,5: “assim como nos escolheu nEle antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante Ele; e em amor nos predestinou para Ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade,” - RA; 2 Tessalonicenses 2.13: “Entretanto, devemos sempre dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade,” - RA;
1 Pedro 1.2: “eleitos, segundo a presciência de Deus Pai, em santificação do Espírito, para a obediência e a aspersão do sangue de Jesus Cristo, graça e paz vos sejam multiplicadas.” - RA; 1 Pedro 2.9: “Vós, porém, sois raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus, a fim de proclamardes as virtudes daquele que vos chamou das trevas para a sua maravilhosa luz;” - RA; entre outros.
Com base nestes textos, podemos destacar alguns elementos relacionados com a eleição.
(Continua no próximo post).
Viva Jesus!
Deus lhe abençoe!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Doutrina da Salvação - 30.

Continuação do post anterior.
A graça comum.
No relacionamento de Deus com as pessoas vemos dois tipos de graça: a graça comum e a graça salvadora:
A graça comum se define como a graça de Deus, que dá as pessoas inumeráveis bênçãos e que não são parte da salvação. A palavra comum significa que essa graça é dada a todos os homens e não é restrita apenas aos crentes ou aos eleitos. A graça comum não dá a salvação. O versículo bíblico em que se fundamenta é Mateus 5.44,45 que diz: “ Mas Eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu. Porque Ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal.” - NTLH, mostrando-nos a abundante graça comum de Deus. Em Romanos 2.14,15 Paulo explica que: “Os não-judeus não têm a lei. Mas, quando fazem pela sua própria vontade o que a lei manda, eles são a sua própria lei, embora não tenham a lei. Eles mostram, pela sua maneira de agir, que têm a lei escrita no seu coração. A própria consciência deles mostra que isso é verdade, e os seus pensamentos, que às vezes os acusam e às vezes os defendem, também mostram isso.” - NTLH) . Portanto, é a graça comum de Deus que refreia os pagãos de serem tão maus quanto poderiam.
Essa sensação interior do que é certo e do que é errado, significa que essas pessoas haverão de aprovar muitos dos padrões morais da Escritura. Mesmo os que se entregam aos pecados mais básicos, segundo Paulo, conhecem o justo decreto de Deus de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte (Veja em Romanos 1.32: “Eles sabem que o mandamento de Deus diz que aqueles que fazem essas coisas merecem a morte. Mas mesmo assim continuam a fazê-las e, pior ainda, aprovam os que fazem as mesmas coisas que eles fazem.” - NTLH). Jesus nos ensinou sobre isso quando disse que até os pecadores fazem o bem (Veja Lucas 6.33: “Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso.” - RA). Assim, Deus derrama as bênçãos da graça comum sobre os gentios na medicina, na ciência e na tecnologia, quando as bênçãos da graça comum de Deus permitem que médicos, cientistas e técnicos não crentes descubram novas formas e novos equipamentos que servem para tratar melhor as doenças, curando mais pessoas e outros progressos na produção de alimentos, nas artes, etc. novas descobertas que trazem mais saúde, alegria e bem estar para o povo em geral.
Também se manifesta a graça comum de Deus na manutenção da família, que foi instituída por Deus e que permanece até hoje, não somente entre os crentes, mas também entre muitos outros. O governo humano também é resultado da graça comum. Ele foi instituído por Deus, após o dilúvio, na aliança com Noé. Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois um dos principais meios que Deus usa para refrear o mundo é o governo dos homens. As leis humanas, as forças policiais e os sistemas judiciais proporcionam poderosa repressão às más ações dos homens.
Devemos procurar o bem dos descrentes, coerente com a própria prática divina de conceder sol e chuva a maus e bons e a prática de Jesus que não exigia que as pessoas acreditassem que Ele era o Messias, antes de curá-las (Confira em Lucas 4.40: “Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um.” - RA).
Deus pode, por sua graça comum, ouvir orações dos descrentes; embora não tenha prometido respondê-las, como prometeu atender às orações dos que crêem. Não devemos rejeitar as coisas boas que os descrentes fazem. Pela graça comum os descrentes fazem algumas coisas boas e devemos ver a mão de Deus nelas, sendo agradecidos por elas. Isso procede de Deus, mesmo que o descrente não o saiba e Deus merece a glória por tudo. Contudo, essas pessoas mais bondosas e de moral mais elevada ainda carecem do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e da graça salvadora de Deus ou serão condenados eternamente.
Porém é a graça salvadora que leva as pessoas a Cristo (Veja em João 6.44: “Só poderão vir a mim aqueles que forem trazidos pelo Pai, que me enviou, e eu os ressuscitarei no último dia.” - NTLH); que renova seus corações e as liberta do pecado. A graça salvadora se manifesta claramente em Cristo (Veja em João 1.17: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” - RA). João quer dizer neste versículo que em Cristo temos a plena revelação da graça salvadora de Deus e que somente por Cristo podemos receber a graça salvadora.
Portanto, na graça comum o sol brilha sobre os justos e os injustos; as bênçãos da natureza caem sobre todos os homens; existem condições que possibilitam uma resposta afirmativa da parte da pessoa para Deus. Na graça salvadora o pecador é atraído para Deus; o homem recebe a capacidade de responder a Deus, de se arrepender de seus pecados e de se converter através da fé em Jesus Cristo.
Continua no próximo post.
Viva Jesus!
Deus lhe abençoe!

Doutrina da Salvação - 29.

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Graça revelada em Cristo.
A graça redentora é aquela manifestada em Cristo Jesus. Ela se revelou na vida e nas obras do Filho de Deus. A graça veio por Jesus Cristo, assim como a lei veio por Moisés (Veja João 1.17: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” - RA).
Portanto, a graça que traz salvação é a graça do Nosso Senhor Jesus Cristo (Veja em 2 Coríntios 8.9: “ pois conheceis a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vós, para que, pela sua pobreza, vos tornásseis ricos.” - RA).
Fora de Cristo a graça de Deus não opera a salvação, porque ela ficaria desprovida do fundamento de justiça (Veja em Romanos 3.25,26: “Deus ofereceu Cristo como sacrifício para que, pela sua morte na cruz, Cristo se tornasse o meio de as pessoas receberem o perdão dos seus pecados, pela fé nEle. Deus quis mostrar com isso que Ele é justo. No passado Ele foi paciente e não castigou as pessoas por causa dos seus pecados; mas agora, pelo sacrifício de Cristo, Deus mostra que é justo. Assim Ele é justo e aceita os que crêem em Jesus”. - NTLH).
Somente pela fé pode-se receber a graça de Deus. Precisamos viver vidas santas, pois a vida santa é efeito da salvação operada pela graça, recebida pela fé. A salvação que é um dom gratuito de Deus, se recebe pela aceitação confiante e incondicional de Cristo, como o Filho de Deus, Senhor e Salvador, conforme está proclamado no Evangelho. Com base nessa fé, o cristão é capaz de experimentar uma vida de amor, obediência e gratidão ao Senhor Jesus e ao Pai (Veja em 2 Coríntios 5.14,15: “Porque somos dominados pelo amor que Cristo tem por nós, pois reconhecemos que um homem, Jesus Cristo, morreu por todos, o que quer dizer que todos tomam parte na sua morte. Ele morreu por todos para que os que vivem não vivam mais para si mesmos, mas vivam para aquele que morreu e foi ressuscitado para a salvação deles.” - NTLH).
Por isso não se pode viver relaxadamente no pecado, sem interesse pela santidade e pela vontade de Deus (Veja em Romanos 6.1,4: “Portanto, o que vamos dizer? Será que devemos continuar vivendo no pecado para que a graça de Deus aumente ainda mais? É claro que não! Nós já morremos para o pecado; então como podemos continuar vivendo nele? Com certeza vocês sabem que, quando fomos batizados para ficarmos unidos com Cristo Jesus, fomos batizados para ficarmos unidos também com a sua morte. Assim, quando fomos batizados, fomos sepultados com ele por termos morrido junto com ele. E isso para que, assim como Cristo foi ressuscitado pelo poder glorioso do Pai, assim também nós vivamos uma vida nova.” - NTLH).
Continua no próximo post.
Viva Jesus!
Deus lhe abençoe!