quarta-feira, 27 de março de 2013

A Doutrina da Salvação - 36.

Continuação do post anterior.
A Justificação.
A Justificação é um ato judicial de Deus. Ela ocorre diante do Tribunal Divino e não na alma do homem, como acontece com a regeneração. A Regeneração e a Justificação devem ser estudadas juntas, porque acontecem ao mesmo tempo. Quando Deus, mediante o Seu Espírito regenera uma pessoa, Ele também a justifica declarando-a justa e livre do castigo do seu pecado. Além disso, Deus trata da pessoa como se nunca tivesse pecado.
A justificação significa que o pecador foi julgado em Cristo, está perdoado, é aceito como justo diante de Deus, e fica absolvido da condenação eterna (Vejamos João 5.24: “Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida” - RA; e Romanos 8.33: “Quem intentará acusação contra os eleitos de Deus? É Deus quem os justifica” - RA).
Justificação implica no perdão dos pecados, por isto não há mais condenação (confira em Lucas 18.14: “Digo-vos que este desceu justificado para sua casa, e não aquele; porque todo o que se exalta será humilhado; mas o que se humilha será exaltado” - RA). Todos os pecados são tratados na justiça de Cristo, aqueles já cometidos e os que ainda vierem a ser praticados pois o perdão remove toda a culpa do indivíduo diante do trono de Deus, e garante seu pleno livramento da condenação eterna. A provisão para o perdão dos pecados futuros já fora feita (Veja em 1 João 2.1,2: “Meus filhinhos, escrevo isso a vocês para que não pequem. Porém, se alguém pecar, temos Jesus Cristo, que faz o que é correto; ele nos defende diante do Pai. É por meio do próprio Jesus Cristo que os nossos pecados são perdoados. E não somente os nossos, mas também os pecados do mundo inteiro” - NTLH).
Entretanto, o justificado, ao cometer pecado, deverá confessa-lo e apropriar-se do perdão oferecido para não carregar o peso da culpa na sua consciência e sofrer os efeitos disto na sua relação com Deus (confira em Salmo 32.3-5: “ Enquanto calei os meus pecados, envelheceram os meus ossos pelos meus constantes gemidos todo o dia. Porque a tua mão pesava dia e noite sobre mim, e o meu vigor se tornou em sequidão de estio. Confessei-te o meu pecado e a minha iniqüidade não mais ocultei. Disse: confessarei ao SENHOR as minhas transgressões; e tu perdoaste a iniqüidade do meu pecado” - RA). Leia também, na sua Bíblia, o Salmo 51.1-13.
Continua no próximo post.
Viva Jesus!
Deus lhe abençoe!

segunda-feira, 11 de março de 2013

A Doutrina da Salvação - 35.

A Expiação.
A salvação provém do trabalho expiatório de Cristo. Na salvação, expiação se refere à ação através da qual o pecador é reconciliado com Deus. Como resultado do sacrifício de Cristo, quando Ele sofreu e morreu por nós, os pecados das pessoas são cobertos por Seu sangue e o castigo dos nossos pecados é cancelado. A expiação pode ser definida como: A obra que Cristo realizou em Sua vida e morte para obter a nossa salvação, pagando o preço dos nossos pecados.
O amor e a justiça de Deus foram a causa maior da expiação. O amor de Deus como causa da expiação é visto no versículo mais conhecido da Bíblia, João 3.16: “Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.” - RA.
A justiça de Deus também requeria que Ele encontrasse o meio para que a penalidade que nos era devida por causa de nossos pecados fosse paga, para que Deus pudesse nos aceitar em comunhão com Ele. Essa foi a razão pela qual Deus enviou Cristo para fazer propiciação, que é o sacrifício que suporta a ira de Deus, de modo que Deus se torna propício ou favorável para conosco. Veja em Romanos 3.25,26: “Deus O ofereceu como sacrifício para propiciação mediante a fé, pelo seu sangue, demonstrando a Sua justiça. Em Sua tolerância, havia deixado impunes os pecados anteriormente cometidos; mas, no presente, demonstrou a Sua justiça, a fim de ser justo e justificador daquele que tem fé em Jesus” - NVI.
Sem o amor de Deus, Ele nunca teria tomado qualquer iniciativa para nos redimir; sem a justiça de Deus, a exigência de que Cristo deveria obter a nossa salvação, morrendo pelos nossos pecados, não teria sido satisfeita.
A carta aos Hebreus enfatiza que Cristo teve de sofrer por nossos pecados para que Ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos. Veja em Hebreus 2.17: “Por isso mesmo, convinha que, em todas as coisas, se tornasse semelhante aos irmãos, para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote nas coisas referentes a Deus e para fazer propiciação pelos pecados do povo.” - RA.
O autor de Hebreus também argumenta que, como é impossível que o sangue de touros e bodes tire pecados (Veja em Hebreus 10.4: “porque é impossível que o sangue de touros e de bodes remova pecados.” - RA), um sacrifício melhor é requerido (Veja Hebreus 9.23: “ Era necessário, portanto, que as figuras das coisas que se acham nos céus se purificassem com tais sacrifícios, mas as próprias coisas celestiais, com sacrifícios a eles superiores.” (Hebreus 9:23 RA).
Somente o sangue de Cristo, a saber, a Sua morte, seria capaz de aniquilar realmente os nossos pecados (Veja Hebreus 9.25,26: “O Grande Sacerdote entra, todos os anos, no Lugar Santíssimo, levando consigo sangue de um animal. Porém Cristo não entrou para se oferecer muitas vezes. Se fosse assim, ele teria de sofrer muitas vezes desde a criação do mundo. Pelo contrário, uma vez por todas ele apareceu agora, quando os tempos estão chegando ao fim, para tirar os pecados por meio do sacrifício de si mesmo.” - NTLH.
Portanto, não havia outro modo pelo qual Deus pudesse nos salvar a não ser a expiação por meio do sacrifício de Cristo.
Continua no próximo post.
Viva Jesus!
Deus lhe abençoe!