Ortodoxia
na América.
Continuação
do post anterior.
Igreja
Grega - As fundações da primeira Igreja Ortodoxa Grega no Novo
Mundo, foram lançadas no ano de 1866 em Nova Orleans. Na verdade
isso foi quatro anos antes do efetivo começo da imigração para as
Américas dos primeiros Cristãos Ortodoxos Gregos. Ainda antes dos
primeiros povos imigrantes de 1870 porem os pés na nova terra, essa
primeira pequena igreja existiu em Nova Orleans como resultado da
esperança de alguns poucos mercadores gregos residentes nessa
cidade. Os gregos tem um forte sentimento pela religião de seus
antepassados e, com o tempo passando, com a imigração crescendo, as
igrejas nasceram rapidamente em várias áreas das Américas. Nesse
período a jurisdição dessas comunidades de Cristãos gregos veio a
ficar com o Patriarcado Ecumênico de Constantinopla. Padres eram
enviados da terra-mãe para as igrejas do novo mundo.
Março
de 1908, o Patriarcado Ecumênico, encabeçado pelo Patriarca Joaquim
III, transferiu a jurisdição espiritual das Igrejas Ortodoxas
Gregas "no exterior" para o Santo Sínodo da Igreja da
Grécia. Isto foi mantido pelos dez anos seguintes para muita
desvantagem das comunidades na América — desvantagem porque não
havia líder religioso presente, em solo americano, para providenciar
a necessária organização numa área espalhada de muitas
comunidades crescentes.
Felizmente,
Meletios Metaxakis, Metropolita de Atenas, visitando os Estados
Unidos em 1918, viu que a necessidade de um líder religioso era
indispensável justo ali, não no país-mãe. Começou imediatamente
a organizar as Igrejas Ortodoxas Gregas nas Américas estabelecendo o
conclave sinódico em 20 de outubro de 1918, com o Bispo Alexander
Rodostolou como Supervisor Sinódico.
O
Metropolita de Atenas, Meletios voltou para a Grécia, mas regressou
à América em três anos para continuar a organização da igreja.
Isso era fevereiro de 1921. Enquanto ainda residindo na América, em
25 de novembro daquele ano, foi elevado ao posto de Patriarca
Ecumênico de Constantinopla como Meletios IV. No mês de janeiro de
1922, ele chegou em Constantinopla.
Lá
em sua nova posição, por um Ato Sinódico revogou o Decreto
Patriarcal de 1908. Assim todas as comunidades gregas no exterior
foram postas diretamente sob o Patriarcado Ecumênico e foram
removidas da dependência do Santo Sínodo da Grécia. Em 11 de maio
de 1922, ele declarou a Igreja da América uma Arquidiocese. Colocou
o Bispo Alexander Rodostolou como Arcebispo das Américas do Norte e
do Sul, com três Episcopados: — Boston, Chicago e São Francisco.
Isso foi progresso. Existiram embaraços para agilizar o progresso
entre 1922 e 1930. Durante esse período eventos políticos na Grécia
dividiram os gregos na América. As comunidades tornaram-se divididas
eclesiasticamente pois para um Cristão Ortodoxo, o âmago de sua
vida é sua igreja. Felizmente, a necessidade de unidade religiosa e
concordia foi conseguida a tempo. o recém eleito Patriarca de
Constantinopla Photius II tomou o encargo da eliminação da
discórdia.
O
Metropolita de Corinto Damaskinos foi enviado para a América em maio
de 1930 com o propósito de temporariamente governar as comunidades
gregas na América e estabelecer a ordem. Durante o mesmo ano, o
Arcebispo Alexander e os Bispos Philaretos de Chicago e Joaquim de
Boston, partiram para a Grécia onde foram indicados como
Metropolitas.
Em
20 de agosto desse mesmo importante ano, o Metropolita Athenagoras de
Kerkyra foi eleito Arcebispo da América, chegando em Nova York em 24
de fevereiro de 1931. Dois dias depois, 26 de fevereiro foi entronado
na Igreja de São Eleftherios em Nova York. Enquanto isso, o
Metropolita Damaskinos tendo cumprido sua missão de restabelecer a
ordem, voltou para casa.
Nos
anos seguintes, existiram outras mudanças eclesiásticas. Em 1949 o
Arcebispo Athenagoras havia servido como líder da Igreja Ortodoxa
Grega na América por dezoito anos, um bem amado e importante
batalhador pela fé. Ele deixou a posição ao ser indicado Patriarca
de Constantinopla.
O
Reverendíssimo Miguel, Metropolita de Corinto, veio nesse tempo
servir como Arcebispo das Américas do Norte e do Sul, pois, no Santo
Sínodo de 11 de outubro de 1949, ele havia sido eleito para essa
função. Sob a jurisdição da Arquidiocese Grega das Américas do
Norte e Sul, há o seguinte: todas as comunidades gregas nos Estados
Unidos, Canadá, Ilhas Bahamas, Cuba, México, República do Panamá,
Argentina, Brasil e Uruguai. As 357 comunidades estão agora bem
organizadas e existem mais de 400 padres servindo a elas.
As
comunidades sustentam escolas paroquiais, escolas dominicais e
instalações da Greek Orthodox Youth of America (GOYA) ou Juventude
Ortodoxa Grega na América. Três-quartos das comunidades tem escolas
gregas à tarde, escolas dominicais, ensaios de coral e sociedades de
senhoras caridosas. Mais da metade tem clube de jovens afiliados à
GOYA e os Olympians (Organização Nacional dos Jovens Juniores da
Arquidiocese Ortodoxa Grega). Existem também agora sete capelães
Ortodoxos Orientais servindo nas forças armadas dos Estados Unidos e
dois deles são Ortodoxos Gregos.
A
Arquidiocese mantem o Seminário Teológico estabelecido em 1937 em
Pomfret, Connecticut, e transferido para Brook-line, Massachussets,em
1946. No seminário, jovens americanos de linhagem greco-ortodoxa são
treinados para o presbiterado ou para professores.
A
Arquidiocese em 1944 estabeleceu a Academia de São Basílio em
Garrison, Nova York. Ela tem dois ramos — uma para preparação de
mulheres gregas para professoras e o outro uma escola pública para
meninas muito novas de parentesco grego. Essa academia
particularmente, está sob os cuidados da Sociedade Philoptocos de
Senhoras Gregas.
A
diminuta fundação da pequena igreja em Nova Orleans, construída
por poucos esperançosos mercadores gregos, desenvolveu-se a Igreja
Ortodoxa Grega da América, agora um membro tanto do Nacional quanto
do Mundial Conselho de Igrejas de Cristo. Em agosto de 1954, o
Arcebispo Miguel foi nomeado um dos seis co-presidentes do Conselho
Mundial de Igrejas de Cristo. A fundação foi construída sobre a fé
e esperança e mantem-se hoje em sólida verdade para um sempre
crescente mundo Cristão.
Continua
no próximo post.