A
Doutrina de Deus – 11.
Continuação
do post anterior.
Deus:
Suas Características Morais e Suas Obras.
Você
já ficou perturbado e repleto de dúvidas e indagações, ao ler no
jornal à respeito de alguma grande tragédia ocorrida na vida de um
crente? Você já viu pessoas más obterem grande sucesso ou riqueza
mediante práticas desonestas e perguntar porque Deus permite tais
coisas? Com freqüência as nossas mentes se sentem perturbadas, ao
vermos injustiças e então indagamos por que motivo Deus deixa tais
coisas acontecerem.
Quando
compreendemos mais claramente as características morais de Deus –
Seu amor e santidade – e como Ele atua nesse mundo, então
descobrimos que há um propósito para todas as coisas que acontecem
conosco. O alvo de Deus é preparar-nos para o Seu reino eterno e Ele
mostra-se ativo em nossas vidas, para atingir esse alvo.
Nesse
post veremos as características morais de Deus e veremos que Aquele
que nos criou mantém-se ativo em Sua criação, provendo tudo quanto
é necessário para conduzir-nos ao Seu reino. Contudo, Ele permite
que tomemos as nossas próprias decisões e que arquemos com a
responsabilidade pelas escolhas que fazemos. Abramos a Ele os nossos
corações, enquanto consideramos, o quanto Ele nos ama e como Ele
governa a Sua criação.
As
características morais de Deus são as características reveladas no
trato de Deus com os homens e as mulheres, e incluem a santidade e o
amor de Deus. Vejamos em primeiro lugar a santidade de Deus.
Através
de que característica você gostaria de ser conhecido em sua
vizinhança? Por ser mão fechada? Por gostar de falar mal da vida
alheia? Por ser uma pessoa boa? Por ser amável com os outros? Deus
interessava-se em ser conhecido entre as nações por uma de Suas
características específicas. Ele queria ser chamado de “O Santo”
(veja Ez 39.7: “Farei
conhecido o meu santo nome no meio do meu povo de Israel e nunca mais
deixarei profanar o meu santo nome; e as nações saberão que eu sou
o SENHOR, o Santo em Israel.” – RA).
Temos
aprendido que é impossível Deus incorrer em algum equívoco
intelectual, porquanto Ele sabe todas as coisas. Por causa de Sua
santidade, também é impossível que Ele caia em algum erro moral. A
santidade é a característica de Deus que exprime a perfeição de
tudo quanto Ele é. A santidade é a base de todas as Suas ações.
Assim sendo, tudo quanto Deus faz é direito e bom.
A
palavra santidade contém a idéia de separação. O perfeito ser
divino está separado de todas as pessoas malignas e de todo o mal,
estando exaltado muito acima de tudo isso. No entanto, embora Deus
seja perfeitamente santo e separado de Suas criaturas, Ele mantém um
certo relacionamento com o seu povo por causa do que está sempre
perto deles. Mais adiante veremos como isso é possível.
Podemos
observar a santidade de Deus em cada uma de Suas atitudes e ações.
A santidade de Deus inclui o amor por aquilo que é bom e Seu ódio
por aquilo que é mau. Portanto, o Senhor deleita-se na probidade e
na bondade e Ele se separa do mal e o condena.
O
fato de Deus se separar das pessoas é algo necessário, por causa da
pecaminosidade humana. Essa verdade é salientada por muitas vezes no
Antigo Testamento. Deus disse para Moisés levantar uma cerca em
redor do Monte Sinai (Ver Ex 19.12,13,21-25: “Marcarás
em redor limites ao povo, dizendo: Guardai-vos de subir ao monte, nem
toqueis o seu limite; todo aquele que tocar o monte será morto. Mão
nenhuma tocará neste, mas será apedrejado ou flechado; quer seja
animal, quer seja homem, não viverá. Quando soar longamente a
buzina, então, subirão ao monte”. “ e o SENHOR disse a Moisés:
Desce, adverte ao povo que não traspasse o limite até ao SENHOR
para vê-lo, a fim de muitos deles não perecerem. Também os
sacerdotes, que se chegam ao SENHOR, se hão de consagrar, para que o
SENHOR não os fira. Então, disse Moisés ao SENHOR: O povo não
poderá subir ao monte Sinai, porque tu nos advertiste, dizendo:
Marca limites ao redor do monte e consagra-o. Replicou-lhe o SENHOR:
Vai, desce; depois, subirás tu, e Arão contigo; os sacerdotes,
porém, e o povo não traspassem o limite para subir ao SENHOR, para
que não os fira. Desceu, pois, Moisés ao povo e lhe disse tudo
isso.” - RA).
Ele queria que a nação de Israel percebesse que os homens, que são
pecadores, precisam estar separados do Deus santo.
A
separação entre Deus e os pecadores também pode ser vista no
simbolismo da tenda, ou tabernáculo, que Deus disse para Moisés
levantar no deserto. Um aposento muito especial do tabernáculo era
fechado com cortinas (ver Ex 26.33: “Pendurarás
o véu debaixo dos colchetes e trarás para lá a arca do Testemunho,
para dentro do véu; o véu vos fará separação entre o Santo Lugar
e o Santo dos Santos” - RA).
Somente uma pessoa tinha permissão de entrar nesse aposento do
tabernáculo, um sacerdote santificado, que podia entrar ali uma vez
por ano, a fim de borrifar sangue sobre o propiciatório (ver Lv 16).
O Sumo Sacerdote assim fazia para a expiação pelos pecados do povo,
na presença do Deus santo. Dessa maneira, o povo podia ver o quanto
Deus odiava os seus pecados.
Há
muitas referências no Antigo Testamento que salientam a santidade
divina. Os trechos de Is 59.2 e Hc 1.13 ensinam que o pecado afasta
Deus das pessoas pecaminosas, como também separa essas pessoas de
Deus. As passagens de Jó 40.3-5 e Isaías 6.5-7 mostram-nos que
quando temos uma verdadeira compreensão sobre a santidade de Deus,
também percebemos quão horrenda coisa é o pecado. Quando
percebemos a ilimitada santidade de Deus, isso cria em nós a
tristeza por causa do pecado, a confissão do pecado e a humildade.
Continua
no próximo post.
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