Continuação
do post anterior.
A
santidade de Deus é o tema também de muitas passagens do Novo
Testamento. Já vimos no Antigo Testamento vários exemplos do fato
das pessoas não terem acesso direto a Deus, como também não
conseguirem esse acesso por meio dos seus esforços. No Antigo
Testamento, um sacerdote santificado aproximava-se da presença de
Deus, a fim de fazer expiação pelos pecados do povo. Mas agora uma
expiação definitiva foi feita através do sacrifício do próprio
Filho de Deus, Jesus Cristo. De acordo com Romanos 5.2: (“Foi
Cristo quem nos deu, por meio da nossa fé, esta vida na graça de
Deus. E agora continuamos firmes nessa graça e nos alegramos na
esperança de participar da glória de Deus” - NTLH);
e
Efésios 2.13-18: (“Mas agora, unidos com
Cristo Jesus, vocês, que estavam longe de Deus, foram trazidos para
perto dele pela morte de Cristo na cruz. Pois foi Cristo quem nos
trouxe a paz, tornando os judeus e os não-judeus um só povo. Por
meio do sacrifício do seu corpo, ele derrubou o muro de inimizade
que separava os judeus dos não-judeus. Ele acabou com a lei,
juntamente com os seus mandamentos e regulamentos; e dos dois povos
formou um só povo, novo e unido com ele. Foi assim que ele trouxe a
paz. Pela sua morte na cruz, Cristo destruiu a inimizade que havia
entre os dois povos. Por meio da cruz, ele os uniu em um só corpo e
os levou de volta para Deus. Assim Cristo veio e anunciou a todos a
boa notícia de paz, tanto a vocês, os não-judeus, que estavam
longe de Deus, como aos judeus, que estavam perto dele. É por meio
de Cristo que todos nós, judeus e não-judeus, podemos ir, pelo
poder de um só Espírito, até a presença do Pai.” - NTLH);
se
quisermos nos aproximar de Deus, isso terá de ser feito mediante os
méritos de Jesus Cristo. O trecho de 1 Pedro 3.18: “
Pois o próprio Cristo sofreu uma vez por todas pelos pecados, um
homem bom em favor dos maus, para levar vocês a Deus. Ele morreu no
corpo, mas foi ressuscitado no espírito,” -
NTLH),
nos ensina que todas as nossas imundícias e injustiças são
cobertas e expiadas pelo nosso reto Salvador, para que possamos
chegar a presença do Deus santo. Portanto os trechos citados acima
ensinam-nos que a única maneira de chegarmos à santa presença de
Deus é através da expiação provida por nosso Senhor Jesus Cristo.
Não
podemos falar sobre a santidade de Deus, sem também mencionarmos a
Sua retidão e a Sua justiça. Muitos estudiosos da Bíblia
classificam essas duas qualidades como atributos separados da
Deidade; mas a retidão e a justiça são resultados diretos da
santidade de Deus. Esses são aspectos de Sua santidade, vistos no
Seu relacionamento com as pessoas.
Em
primeiro lugar, a santidade divina se expressa mediante a retidão.
Deus estabeleceu neste mundo um governo moral. Isso significa que Ele
decretou leis justas (eqüitativas e certas), sob as quais as pessoas
devem viver. Em segundo lugar, a santidade de Deus se expressa
mediante a Sua justiça. Deus administra as Suas leis com equidade;
Ele recompensa aqueles que obedecem e castiga aqueles que desobedecem
a essas leis.
A
retidão divina é demonstrada por seu amor à santidade em Seu povo.
Deus não somente é santo; mas também requer que o Seu povo seja
santo. Sua justiça é demonstrada pelo fato dEle julgar o pecado.
Visto que Deus não pode tolerar o pecado, por isso mesmo deve punir
aqueles que pecam. Deus exige de mim, depois de eu me tornar crente e
abandonar os meus caminhos pecaminosos, que eu seja santo e que eu
compartilhe de Sua santidade.
A
santidade é uma qualidade da vida cristã que envolve mais do que
não fazer o que é errado. Ela se expressa sob a forma de ações
corretas, quando fazemos aquilo que o amor de Deus leva-nos a fazer
pelas outras pessoas. Isso produz em nós o interesse pelas pessoas
que nos cercam. Por exemplo, podemos manter a nossa obediência a
Deus enquanto ministramos às necessidades de outras pessoas. Não
precisamos transigir os princípios cristãos a fim de servir a
outras pessoas. A parábola que Jesus contou, registrada em Lucas
10.29-37, ilustra o ideal cristão (o padrão da perfeição) com o
qual deveríamos nos identificar. E, ao mesmo tempo, demonstra o tipo
de atividades que exprime o nosso ideal, de maneira prática, no
trato com os nossos semelhantes. O único dos três indivíduos
citados na parábola narrada em Lucas 10.29-37 que expressa o ideal
da santidade cristã em suas ações é o samaritano, pois ele
mostrou que fazia o que é direito. Aplicou à vida os princípios
que defendia.
Conforme
podemos ver em Hebreus 12.10 e 14: (“Os
nossos pais humanos nos corrigiam durante pouco tempo, pois achavam
que isso era certo; mas Deus nos corrige para o nosso próprio bem,
para que participemos da sua santidade. Segui a paz com todos e a
santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”), a
Bíblia exorta cada um de nós a viver uma vida santa ou separada.
Uma pessoa pode obedecer a esse mandamento e ao mesmo tempo,
envolver-se na vida da comunidade, conforme Jesus ensinou em Mateus
5.13-16. Esse trecho bíblico ensina que não devemos perder a nossa
santidade, mas antes devemos servir de exemplo para as outras
pessoas. Dessa maneira, um crente não haverá de envolver-se com
aquilo que o Novo Testamento não permite. Não obstante, o crente
fará tudo quanto estiver ao seu alcance, a fim de servir aos seus
familiares e vizinhos, mostrando que se interessa por eles.
Continua
no próximo post