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As Cruzadas
Atendendo
ao apelo do papa Urbano II, em 1095, foram organizadas na Europa
expedições militares conhecidas como Cruzadas, cujo objetivo
oficial era reconquistar os lugares sagrados do cristianismo
(Jerusalém, por exemplo) que estavam em poder dos muçulmanos.
Entretanto, além da questão religiosa, outras causas motivaram as cruzadas: a mentalidade guerreira da nobreza feudal européia, canalizada pela Igreja contra inimigos externos do cristianismo (os muçulmanos); e o interesse econômico de dominar importantes cidades comerciais do Oriente.
De 1096 a 1270, a cristandade européia organizou oito cruzadas, tendo como bandeira promover guerra santa contra os infiéis muçulmanos.
Entretanto, além da questão religiosa, outras causas motivaram as cruzadas: a mentalidade guerreira da nobreza feudal européia, canalizada pela Igreja contra inimigos externos do cristianismo (os muçulmanos); e o interesse econômico de dominar importantes cidades comerciais do Oriente.
De 1096 a 1270, a cristandade européia organizou oito cruzadas, tendo como bandeira promover guerra santa contra os infiéis muçulmanos.
Cerco
de Constantinopla. Por sete
séculos Constantinopla permaneceu firme como a rocha da Europa
Cristã, na qual a maré irresistível do Islamismo batia em vão.
Mas ela estava destinada a cair afinal, exausta, na terça-feira, 29
de maio de 1453. O fundador do islamismo tinha previsto que um dia a
grande cidade cairia nas mãos de seus seguidores. Essa profecia foi
cumprida pelos turcos, que receberem o Islã dos árabes, e
prosseguiram na missão de espalhar o Islã além fronteiras pela
conquista e dominação das nações.
O
Império Bizantino estava em trágica posição na época da queda,
após ter guerreado por mil anos com inimigos bárbaros de todos os
lados. Os sessenta anos de governo latino em Constantinopla tinham
minado seriamente suas bases; e as contínuas invasões turcas tinham
dimunuido o Império por todos os lados reduzindo-o a um reino de
humildes dimensões. Mohamed II, que era apelidado de "o
conquistador," cercou a capital com um exército fanático de
250.000 homens, contra cerca de 7.000 soldados cristãos reunidos em
torno do último Imperador Constantino Paleólogo. Constantino foi
ousado o suficiente para dar uma digna resposta ao seu poderoso
inimigo que pedia uma rendição pacífica da cidade: "Dar
a cidade para ti não está em meu poder, nem no poder de nenhum
homem que habita aqui; pois temos um acordo e todos nós preferimos
morrer, e não pouparemos nossas vidas”.
As
Últimas Horas de Constantinopla. Quando
Constantino constatou que a destruição era inevitável, colocou a
si e a sua cidade nas mãos de Deus e preparou-se para morrer como um
mártir. Ele primeiro ordenou que uma “litania” deveria ser
cantada através de toda a cidade. E bispos, padres, monges, homens,
mulheres e crianças, todos se juntaram a procissão chorando e
clamando: "Senhor, tem piedade e
salva a Tua herança!" Então,
Constantino dirigiu aos homens que estavam ao redor dele, comovedoras
palavras, incentivando-os a enfrentar a morte com a coragem dos
mártires; e todos clamavam: "Sim,
morramos pela fé em Cristo e pela terra de nossos pais."
O
Imperador foi para a igreja de Santa Sofia para tomar sua última
comunhão; então, subindo ao portão de Romanus, começou a dirigir
a desesperada defesa. Mas foi subitamente cercado pelo inimigo e
morto. Logo depois, a cidade estava sendo saqueada. Os homens eram
degolados, e as jovens eram levadas em cativeiro; os Vasos Sagrados
eram usados como copos comuns para as selvagens orgias dos turcos
vitoriosos; e o conquistador cavalgou arrogantemente para dentro da
Catedral de Santa Sofia, e transformou-a numa mesquita muçulmana.
O
Significado da Queda de Constantinopla.
A queda de Constantinopla marcou o
colapso do último baluarte do Cristianismo Oriental e sua
civilização. Outras províncias rapidamente compartilharam seu
destino; a Sérvia caiu em 1459, o Peloponeso em 1459, Trebizond em
1461, Bósnia em 1463, Albânia em 1467 e Herzegovina em 1483.
Esse
evento histórico teve grandes conseqüências e ensinou importantes
lições. Abriu um poço de vida intelectual para a Europa, pois
eruditos fugitivos de Constantinopla assentaram-se no Ocidente e
semearam sementes da Renascença e da Reforma. E do ponto-de-vista
religioso, a queda de Constantinopla causou uma forte manifestação
de fervor religioso. Grande foi a queda deles, mas também grande sua
esperança consoladora. No momento em que os turcos entraram na
Catedral de Santa Sofia, (assim diz uma tradição popular largamente
espalhada), a Divina Liturgia estava sendo celebrada, e os padres
chocados em horror foram congelados como mármore em seus lugares.
Mas um dia chegará quando a bela cidade será restituída ao
Cristianismo; e então os padres de mármore terão vida novamente e
terminarão sua Liturgia interrompida.
Continua
no próximo post
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