terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

A Doutrina de Deus – 11.
Continuação do post anterior.
Deus: Suas Características Morais e Suas Obras.
Você já ficou perturbado e repleto de dúvidas e indagações, ao ler no jornal à respeito de alguma grande tragédia ocorrida na vida de um crente? Você já viu pessoas más obterem grande sucesso ou riqueza mediante práticas desonestas e perguntar porque Deus permite tais coisas? Com freqüência as nossas mentes se sentem perturbadas, ao vermos injustiças e então indagamos por que motivo Deus deixa tais coisas acontecerem.
Quando compreendemos mais claramente as características morais de Deus – Seu amor e santidade – e como Ele atua nesse mundo, então descobrimos que há um propósito para todas as coisas que acontecem conosco. O alvo de Deus é preparar-nos para o Seu reino eterno e Ele mostra-se ativo em nossas vidas, para atingir esse alvo.
Nesse post veremos as características morais de Deus e veremos que Aquele que nos criou mantém-se ativo em Sua criação, provendo tudo quanto é necessário para conduzir-nos ao Seu reino. Contudo, Ele permite que tomemos as nossas próprias decisões e que arquemos com a responsabilidade pelas escolhas que fazemos. Abramos a Ele os nossos corações, enquanto consideramos, o quanto Ele nos ama e como Ele governa a Sua criação.
As características morais de Deus são as características reveladas no trato de Deus com os homens e as mulheres, e incluem a santidade e o amor de Deus. Vejamos em primeiro lugar a santidade de Deus.
Através de que característica você gostaria de ser conhecido em sua vizinhança? Por ser mão fechada? Por gostar de falar mal da vida alheia? Por ser uma pessoa boa? Por ser amável com os outros? Deus interessava-se em ser conhecido entre as nações por uma de Suas características específicas. Ele queria ser chamado de “O Santo” (veja Ez 39.7: “Farei conhecido o meu santo nome no meio do meu povo de Israel e nunca mais deixarei profanar o meu santo nome; e as nações saberão que eu sou o SENHOR, o Santo em Israel.” – RA).
Temos aprendido que é impossível Deus incorrer em algum equívoco intelectual, porquanto Ele sabe todas as coisas. Por causa de Sua santidade, também é impossível que Ele caia em algum erro moral. A santidade é a característica de Deus que exprime a perfeição de tudo quanto Ele é. A santidade é a base de todas as Suas ações. Assim sendo, tudo quanto Deus faz é direito e bom.
A palavra santidade contém a idéia de separação. O perfeito ser divino está separado de todas as pessoas malignas e de todo o mal, estando exaltado muito acima de tudo isso. No entanto, embora Deus seja perfeitamente santo e separado de Suas criaturas, Ele mantém um certo relacionamento com o seu povo por causa do que está sempre perto deles. Mais adiante veremos como isso é possível.
Podemos observar a santidade de Deus em cada uma de Suas atitudes e ações. A santidade de Deus inclui o amor por aquilo que é bom e Seu ódio por aquilo que é mau. Portanto, o Senhor deleita-se na probidade e na bondade e Ele se separa do mal e o condena.
O fato de Deus se separar das pessoas é algo necessário, por causa da pecaminosidade humana. Essa verdade é salientada por muitas vezes no Antigo Testamento. Deus disse para Moisés levantar uma cerca em redor do Monte Sinai (Ver Ex 19.12,13,21-25: “Marcarás em redor limites ao povo, dizendo: Guardai-vos de subir ao monte, nem toqueis o seu limite; todo aquele que tocar o monte será morto. Mão nenhuma tocará neste, mas será apedrejado ou flechado; quer seja animal, quer seja homem, não viverá. Quando soar longamente a buzina, então, subirão ao monte”. “ e o SENHOR disse a Moisés: Desce, adverte ao povo que não traspasse o limite até ao SENHOR para vê-lo, a fim de muitos deles não perecerem. Também os sacerdotes, que se chegam ao SENHOR, se hão de consagrar, para que o SENHOR não os fira. Então, disse Moisés ao SENHOR: O povo não poderá subir ao monte Sinai, porque tu nos advertiste, dizendo: Marca limites ao redor do monte e consagra-o. Replicou-lhe o SENHOR: Vai, desce; depois, subirás tu, e Arão contigo; os sacerdotes, porém, e o povo não traspassem o limite para subir ao SENHOR, para que não os fira. Desceu, pois, Moisés ao povo e lhe disse tudo isso.” - RA). Ele queria que a nação de Israel percebesse que os homens, que são pecadores, precisam estar separados do Deus santo.
A separação entre Deus e os pecadores também pode ser vista no simbolismo da tenda, ou tabernáculo, que Deus disse para Moisés levantar no deserto. Um aposento muito especial do tabernáculo era fechado com cortinas (ver Ex 26.33: “Pendurarás o véu debaixo dos colchetes e trarás para lá a arca do Testemunho, para dentro do véu; o véu vos fará separação entre o Santo Lugar e o Santo dos Santos” - RA). Somente uma pessoa tinha permissão de entrar nesse aposento do tabernáculo, um sacerdote santificado, que podia entrar ali uma vez por ano, a fim de borrifar sangue sobre o propiciatório (ver Lv 16). O Sumo Sacerdote assim fazia para a expiação pelos pecados do povo, na presença do Deus santo. Dessa maneira, o povo podia ver o quanto Deus odiava os seus pecados.
Há muitas referências no Antigo Testamento que salientam a santidade divina. Os trechos de Is 59.2 e Hc 1.13 ensinam que o pecado afasta Deus das pessoas pecaminosas, como também separa essas pessoas de Deus. As passagens de Jó 40.3-5 e Isaías 6.5-7 mostram-nos que quando temos uma verdadeira compreensão sobre a santidade de Deus, também percebemos quão horrenda coisa é o pecado. Quando percebemos a ilimitada santidade de Deus, isso cria em nós a tristeza por causa do pecado, a confissão do pecado e a humildade.

Continua no próximo post.

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