Continuação
do post anterior.
Na
Provença, a inquisição varreu os Cátaros da face da terra. Os cátaros abraçavam um extremo ascetismo e
espalharam sua doutrina por boa parte do continente durante os
séculos XII e XIII, eles acreditavam que o mundo físico estava
impregnado pelo mal e tinha Satã como seu rei. De acordo com essa
lógica, a Igreja Católica era também um instrumento do demônio e
abomináveis eram todos os seus sacramentos. Muitos nobres abraçaram
a sua fé, arrebanharam um número enorme de seguidores no sul da
França, seus adeptos tornaram-se conhecidos como Albigenses (Albi –
Provença). A sua importância crescente tornou-se um insulto
intolerável para o poderio da Igreja Católica, então a igreja
decidiu apelar para a força.
E
logo estendeu seu braço para outras partes da França, depois da
Itália e da Alemanha. Na Espanha foi estabelecida sua própria
inquisição, utilizando os mesmo métodos brutais para perseguir
mouros, judeus, heréticos e qualquer grupo suspeito de prática de
feitiçaria.
Assim
teve início a verdadeira “arte de matar”, onde o palco era a
fogueira, os acessórios eram os instrumentos de torturas e os
figurantes eram o povo suprimido que não tinham a quem recorrer ou
pedir proteção, porquê o Deus que até então tinham conhecimento
era o mesmo Deus que a Igreja utilizava-se para comandar a
“morte”.Guerra
Santa
Quando
a carnificina atingiu o auge nos domínios germânicos, em meados de
1600, povoados inteiros eram dizimados de uma só vez. Segundo alguns
relatos, o inquisidor da Saxônia, Benedict Carpzov assinou
pessoalmente nada mais nada menos do que 20 mil penas de morte.
Contudo,
grande parte dos documentos desses tribunais se perdeu e o número
verdadeiro de todos esses assassinatos jurídicos nunca será
revelado. De qualquer modo, tratou-se de uma experiência sombria,
horrível e vergonhosa para a civilização e para o cristianismo.
1229
- Concílio de Toulouse: Igreja Católica proíbe aos leigos a
leitura da Bíblia e reafirma a Inquisição
|
“Em
1229, o Concílio de Toulouse (França), o mesmo que criou a
diabólica Inquisição, determinou: ‘Proibimos
aos leigos de possuírem o Velho e o Novo Testamento...Proibimos
ainda mais severamente que estes livros sejam possuídos no
vernáculo popular. As casas mais humildes lugares de esconderijo,
e mesmo os retiros subterrâneos de homens condenados por
possuírem as Escrituras devem ser inteiramente destruídos. Tais
homens devem ser perseguidos e caçados nas florestas e cavernas,
e qualquer que os abrigar será severamente punido.’
(Concil. Tolosanum, Papa Gregório IX, Anno Chr. 1229, Canons
14:2). Foi este mesmo Concílio que decretou a Cruzada contra os
albigenses. Em ‘Act of Inquisition, Philip Van Limborch, History
of Inquisition, cap. 8’, temos a seguinte declaração
conciliar: ‘Essa
peste (a Bíblia) assumiu tal extensão, que algumas pessoas
indicaram sacerdotes por si próprias, e mesmo alguns evangélicos
que distorcem e destruíram a verdade do evangelho e fizeram um
evangelhos para os seus próprios propósitos...eles sabem que a
explanação da Bíblia é absolutamente proibida aos membros
leigos’.”
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Fonte:
Bíblia
World Net
(2002)
http://www.uol.com.br/bibliaworld/igreja/estudos/inqu001.htm
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