quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

A Doutrina de Deus - 09.


Continuação do post anterior.
Os Atributos Naturais de Deus.
Chamamos de teólogos àqueles que se especializam no estudo sobre Deus. Você e eu talvez não sejamos considerados teólogos, mas temos todo o direito de estudar e analisar as doutrinas ou ensinamentos sobre Deus, para que possamos compreendê-lO melhor e amá-lO melhor. É importante considerarmos não somente a Sua natureza, mas também, as Suas características, nessa aventura de procurar conhecê-lo melhor. Os teólogos chamam essas características de atributos. Os atributos simplesmente referem-se àquelas qualidades que são associadas a alguém, descrevendo-o. Os atributos de Deus explicam por que Ele age como faz, e assim sabemos o que podemos esperar da parte dEle. Os seus atributos incluem a onipotência, a onipresença, a onisciência e a sabedoria. Em primeiro lugar consideremos a onipotência divina.
1. A onipotência divina. A esposa de Abraão, Sara, já havia viajado muito em sua vida. Ela tinha visto Yahweh fazer coisas grandes e maravilhosas em favor de seu marido e em seu próprio favor. Como noiva ela poderia ter ganhado um concurso de beleza; mas agora, a encarquilhada e idosa senhora estava vergada de preocupações. Ela riu quando viu o celeste visitante dizer que em breve, estaria grávida pela primeira vez. Impossível! Você acusaria a atitude de Sara? Contudo, o visitante celestial perguntou: “Haveria coisa alguma difícil ao Senhor?” (Gn 18.1-15).
O Senhor estava lembrando Abraão e Sara acerca de Sua onipotência – o fato de que Ele é Todo-Poderoso. Deus pode fazer qualquer coisa! Esse poder absoluto transparece das Escrituras em relação ao seguinte:
1. A Criação (Gn 1.1).
2. A sustentação de todas as coisas por Sua poderosa palavra (Hb 1.3).
3. A redenção do povo (Lc 1.35,37).
4. Os milagres (Lc 9.43).
5. A salvação dos pecadores (1 Co 2.5; 2 Co 7.4)
6. O cumprimento de Seus propósitos quanto ao Seu reino (1 Pe 1.5).
Temos de relembrar, entretanto, que Deus não pode e nem quer fazer coisas absurdas (ridículas ou irracionais), não faz também coisas incoerentes com a Sua própria natureza.
Uma realidade perfeitamente coerente com a natureza divina é o fato dEle poder limitar as operações de Seu poder, se assim desejar fazê-lo. Para exemplificar: Deus dá a cada indivíduo a liberdade de escolher entre Ele e satanás. Deus não força pessoa alguma a ser salva, contra a sua própria vontade. Ele limita-se, permitindo que cada indivíduo tome a sua própria decisão.
Jeremias 32.17 diz acerca do Senhor: “Ah! Senhor Jeová! Eis que tu fizestes os céus e a terra com o teu grande poder e com o Teu braço estendido; não te é maravilhosa coisa alguma...” Mais adiante, o Senhor perguntou a Jeremias: “...seria alguma coisa maravilhosa para mim?” (Jr 32.27). Se compreendemos o imenso poder do nosso Deus, então nunca deveremos hesitar novamente em pedir a Sua ajuda em qualquer circunstância que tivermos de enfrentar,
2. A onipresença de Deus. Certo menino queria fazer algo de ruim, mas resolveu que seria melhor fazer a sua travessura debaixo de um telhado, a fim de que Deus, olhando lá do céu, não pudesse vê-lo. Qual característica divina aquele menino não compreendia? O fato que Deus é onipresente – Deus está presente, em todos os lugares, em todos os instantes. O salmista refere-se a isso no Salmo 139.7-10, que diz: “Aonde posso ir a fim de escapar do teu Espírito? Para onde posso fugir da tua presença? Se eu subir ao céu, tu lá estás; se descer ao mundo dos mortos, lá estás também. Se eu voar para o Oriente ou for viver nos lugares mais distantes do Ocidente, ainda ali a tua mão me guia, ainda ali tu me ajudas” - NTLH.
A onipresença de Deus não significa, entretanto, que Deus tenha o mesmo tipo de relacionamento com todas as pessoas. Ele haverá de revelar a Si mesmo, abençoar e encorajar aqueles que O amam e servem, mas haverá de repreender e castigar aqueles que se opõem a Ele. Deus também está no temporal, mas não da mesma maneira em que está com dois de seus filhos que sinceramente oraram pedindo Sua orientação. Veja Naum 1.3: “O SENHOR é paciente, mas poderoso e não deixa os culpados sem castigo. Ele anda pelo meio de tempestades e de ventos violentos; as nuvens são o pó que os seus pés levantam”.- NTLH; e Mateus 18.20: “Porque, onde dois ou três estão juntos em meu nome, eu estou ali com eles”.- NTLH.
O conhecimento de que Deus está sempre presente, pode ajudar-nos e encorajar-nos nas tribulações, porquanto sabemos que Deus está ali para fortalecer-nos e guiar-nos. Entretanto, a sua presença serve também para lembrar-nos de sermos muito cuidadosos quanto à maneira como vivemos, porquanto Deus vê tudo quanto fazemos de bom ou de ruim. Temos a responsabilidade de servir a Deus de maneira aceitável, em todos os lugares e em todos os momentos, porquanto Ele está ali.
Também deveríamos lembrar que não podemos usar os nossos próprios sentimentos como uma medida de presença de Deus conosco. Sem importar como nos sentimos, Deus está conosco. Suponhamos que uma menininha começasse a chorar no escuro e que sua mãe lhe garantisse que estava com ela. Talvez a menina pensasse que precisaria ver sua mãe, para saber que ela estava perto. Mas sem importar se ela poderia ver sua mãe ou não, isso em nada alteraria o fato da presença dela. Assim também acontece conosco. Sem importar se podemos sentir ou não a presença de Deus conosco, a Bíblia ensina-nos que Deus está em toda parte. Ter conhecimento desse fato é bastante para mantermos uma atitude de louvor, para encorajar-nos o tempo todo.
Continua no próximo post.


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