quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Doutrina da Salvação - 30.

Continuação do post anterior.
A graça comum.
No relacionamento de Deus com as pessoas vemos dois tipos de graça: a graça comum e a graça salvadora:
A graça comum se define como a graça de Deus, que dá as pessoas inumeráveis bênçãos e que não são parte da salvação. A palavra comum significa que essa graça é dada a todos os homens e não é restrita apenas aos crentes ou aos eleitos. A graça comum não dá a salvação. O versículo bíblico em que se fundamenta é Mateus 5.44,45 que diz: “ Mas Eu lhes digo: amem os seus inimigos e orem pelos que perseguem vocês, para que vocês se tornem filhos do Pai de vocês, que está no céu. Porque Ele faz com que o sol brilhe sobre os bons e sobre os maus e dá chuvas tanto para os que fazem o bem como para os que fazem o mal.” - NTLH, mostrando-nos a abundante graça comum de Deus. Em Romanos 2.14,15 Paulo explica que: “Os não-judeus não têm a lei. Mas, quando fazem pela sua própria vontade o que a lei manda, eles são a sua própria lei, embora não tenham a lei. Eles mostram, pela sua maneira de agir, que têm a lei escrita no seu coração. A própria consciência deles mostra que isso é verdade, e os seus pensamentos, que às vezes os acusam e às vezes os defendem, também mostram isso.” - NTLH) . Portanto, é a graça comum de Deus que refreia os pagãos de serem tão maus quanto poderiam.
Essa sensação interior do que é certo e do que é errado, significa que essas pessoas haverão de aprovar muitos dos padrões morais da Escritura. Mesmo os que se entregam aos pecados mais básicos, segundo Paulo, conhecem o justo decreto de Deus de que as pessoas que praticam tais coisas merecem a morte (Veja em Romanos 1.32: “Eles sabem que o mandamento de Deus diz que aqueles que fazem essas coisas merecem a morte. Mas mesmo assim continuam a fazê-las e, pior ainda, aprovam os que fazem as mesmas coisas que eles fazem.” - NTLH). Jesus nos ensinou sobre isso quando disse que até os pecadores fazem o bem (Veja Lucas 6.33: “Se fizerdes o bem aos que vos fazem o bem, qual é a vossa recompensa? Até os pecadores fazem isso.” - RA). Assim, Deus derrama as bênçãos da graça comum sobre os gentios na medicina, na ciência e na tecnologia, quando as bênçãos da graça comum de Deus permitem que médicos, cientistas e técnicos não crentes descubram novas formas e novos equipamentos que servem para tratar melhor as doenças, curando mais pessoas e outros progressos na produção de alimentos, nas artes, etc. novas descobertas que trazem mais saúde, alegria e bem estar para o povo em geral.
Também se manifesta a graça comum de Deus na manutenção da família, que foi instituída por Deus e que permanece até hoje, não somente entre os crentes, mas também entre muitos outros. O governo humano também é resultado da graça comum. Ele foi instituído por Deus, após o dilúvio, na aliança com Noé. Todos devem sujeitar-se às autoridades governamentais, pois um dos principais meios que Deus usa para refrear o mundo é o governo dos homens. As leis humanas, as forças policiais e os sistemas judiciais proporcionam poderosa repressão às más ações dos homens.
Devemos procurar o bem dos descrentes, coerente com a própria prática divina de conceder sol e chuva a maus e bons e a prática de Jesus que não exigia que as pessoas acreditassem que Ele era o Messias, antes de curá-las (Confira em Lucas 4.40: “Ao pôr-do-sol, todos os que tinham enfermos de diferentes moléstias lhos traziam; e ele os curava, impondo as mãos sobre cada um.” - RA).
Deus pode, por sua graça comum, ouvir orações dos descrentes; embora não tenha prometido respondê-las, como prometeu atender às orações dos que crêem. Não devemos rejeitar as coisas boas que os descrentes fazem. Pela graça comum os descrentes fazem algumas coisas boas e devemos ver a mão de Deus nelas, sendo agradecidos por elas. Isso procede de Deus, mesmo que o descrente não o saiba e Deus merece a glória por tudo. Contudo, essas pessoas mais bondosas e de moral mais elevada ainda carecem do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo e da graça salvadora de Deus ou serão condenados eternamente.
Porém é a graça salvadora que leva as pessoas a Cristo (Veja em João 6.44: “Só poderão vir a mim aqueles que forem trazidos pelo Pai, que me enviou, e eu os ressuscitarei no último dia.” - NTLH); que renova seus corações e as liberta do pecado. A graça salvadora se manifesta claramente em Cristo (Veja em João 1.17: “Porque a lei foi dada por intermédio de Moisés; a graça e a verdade vieram por meio de Jesus Cristo.” - RA). João quer dizer neste versículo que em Cristo temos a plena revelação da graça salvadora de Deus e que somente por Cristo podemos receber a graça salvadora.
Portanto, na graça comum o sol brilha sobre os justos e os injustos; as bênçãos da natureza caem sobre todos os homens; existem condições que possibilitam uma resposta afirmativa da parte da pessoa para Deus. Na graça salvadora o pecador é atraído para Deus; o homem recebe a capacidade de responder a Deus, de se arrepender de seus pecados e de se converter através da fé em Jesus Cristo.
Continua no próximo post.
Viva Jesus!
Deus lhe abençoe!

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