sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Os Grandes Cismas do Cristianismo - 06.




Continuação do post anterior.
Um dos feitos mais importantes ocorridos na terra do Egito ao largo de sua história, foi a chegada de Jesus Cristo e a Sagrada Família. Com espírito profético, Oseías viu o Messias partir de Belém, de onde não havia lugar em toda a Jerusalém para repousar sua cabeça, para refugiar-se nas terras do Egito, por isso diz a profecia: “do Egito chamei o meu filho.” (Os 11.1).
Com mais detalhes nos fala o profeta Isaías em seu livro bíblico sobre essa sagrada viagem, dizendo: “Sentença contra o Egito. Eis que o SENHOR, cavalgando uma nuvem ligeira, vem ao Egito; os ídolos do Egito estremecerão diante dele, e o coração dos egípcios se derreterá dentro deles.” (Isaías 19:1 RA). Assim ocorreu, pois quando Jesus Cristo entrava em qualquer cidade do Egito, os ídolos caiam nos templos, quebrando-se; feito insólito que aterrorizava ao povo.
A Igreja Copta acredita que a entrada de Jesus Cristo no Egito foi uma grande benção para as suas terras e para o seu povo, por isso Deus disse: “... Bendito seja o Egito, meu povo...” (Isaías 19.25), e se cumpriu a profecia de Isaías que disse: “Naquele dia, o SENHOR terá um altar no meio da terra do Egito, e uma coluna se erigirá ao SENHOR na sua fronteira.  Servirá de sinal e de testemunho ao SENHOR dos Exércitos na terra do Egito; ao SENHOR clamarão por causa dos opressores, e Ele lhes enviará um salvador e defensor que os há de livrar.” (Isaías 19:19-20 RA)
Para os coptas o trecho haverá um altar dedicado ao Senhor no meio do Egito” significa o altar da “Igreja da Virgem Maria” em Deir Al-Moharraq Al-Amer, onde permaneceu a Sagrada Família por mais de seis meses, e a superfície do altar é a pedra em que dormia o menino Jesus. Muitas igrejas foram erguidas por todo o país, especialmente naqueles lugares visitados e abençoados pela Sagrada Família.
A visita de Jesus Cristo foi o verdadeiro preâmbulo da chegada de São Marcos, o evangelista, ao Egito e a fundação da Igreja de Alexandria. A fé se propagou entre as pessoas e assim o povo do Egito passou a conhecer bem a Deus e Lhe rendeu merecido culto cumprindo-se assim a profecia: “O SENHOR se dará a conhecer ao Egito, e os egípcios conhecerão o SENHOR naquele dia; sim, eles o adorarão com sacrifícios e ofertas de manjares, e farão votos ao SENHOR, e os cumprirão.” (Isaías 19.21 RA).
Saiu José da terra da Palestina como havia sinalizado o Anjo (Mateus 2.13), e com ele saiu a Virgem Maria montada num jumento, levando o menino Jesus em seus braços. A viagem da Sagrada Família pelas terras do Egito foi dura, cheia de dor e cansaço, através de uma terra árida e cruel. Cruzaram desertos, chapadas e vales, deslocando-se de um lugar para outro, rodeados por muitos perigos, onde animais ferozes ameaçavam suas vidas nas estepes. Sua viagem foi através do deserto, por lugares onde as pessoas só viajavam em grupos, já que sem a proteção de uma caravana organizada, havia poucas esperanças de sobrevivência. Os anjos o guiaram e protegeram.
Segundo as fontes históricas coptas, entre elas se destaca a Meimar (livro de registro de feitos históricos religiosos) do Papa Teófilo de Alexandria (384-412 D.C.), existiam naquele tempo três caminhos em sua rota desde a Palestina até o Egito. Porém, a Sagrada Família não utilizou nenhum desses caminhos, pois estavam fugindo da maldade do Rei Herodes. Escolheram um caminho diferente, guiados por Deus através de um dos Seus Anjos, sendo este caminho registrado no livro dos Santos Coptas “Sinexarium”. A Sagrada Família caminhou de Belém a Gaza até o Parque de Zaraniq e chegou à cidade de Tel Basta. Lá, Jesus Cristo criou uma fonte de água. A cidade estava cheia de ídolos que caíram no solo com a chegada da Sagrada Família. Pelo ocorrido a Sagrada Família foi maltratada pela gente de lá e, se viram obrigados a irem embora, dirigindo-se para o Sul.
Chegaram ao povoado de “Al-Mahamma”, cujo significado é Lugar de Banho, porque lá a Virgem Maria banhou o menino Jesus e lavou a sua roupa. O Monastério de Al Moharrak é um dos locais de parada mais importantes da Sagrada Família em sua viagem, de tal forma que foi denominada a segunda Belém. A Sagrada Família permaneceu seis meses e dez dias na gruta que viria a se tornar no altar da igreja antiga da Virgem, na parte ocidental do Monastério. O altar desta igreja é uma grande rocha onde se sentava Nosso Senhor Jesus Cristo.
Neste Monastério, o Anjo de Deus apareceu a José em sonho e disse:Dispõe-te, toma o menino e sua mãe e vai para a terra de Israel; porque já morreram os que atentavam contra a vida do menino.” (Mateus 2:20 RA). Durante o retorno, a Sagrada Família tomou um caminho ao sul da Montanha de Asiut e de lá continuaram até Nazaré na Galiléia, onde José e a Sagrada Família passaram a viver.
Continua no próximo post.


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